quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Sangrando





Pela impaciência dos atos havia ali um alguém repleto de pensamentos inconstantes.
Era um desespero morno, que crescia em dor e rancor.
Ninguém entende mesmo onde começa a dor, onde tem início aquele mal estar no estômago de uma saudade intensa.
Ela o perdera assim que o tivera.
As palavras tão duras quanto lisas.
Povoando um mundo verbal meio louco.
Disse e disse e disse mais
Mais do que devia, mas do que podia.
Enegreceu um dia claro com suas convicções ridículas.
Foi-se o amor.
Mas se vier eu espero
Entendo tudo o que se passou.
Mas passou
E pesou.
Pesou a vontade de um beijo mais
De um calor no corpo
Um afago na alma.
Pesou a falta do sorriso de canto
Da música da vitrola do bar daquele dia.
Pela insensatez dos versos havia ali um alguém em estado de dor.

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