quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Sinto Dan


Sinto-me oca.
Uma mistura estranha de dor e nada.
Sentimentos perdidos
Detalhes estranhos
Tenho lampejos de memórias loucas
Alguns pedaços de mim perdidos entre pessoas
Tudo em busca do nada
Meu ego morto
Dilacerado
Apodrecido perto do sol
Vestes pretas com o cheiro de escuro
Cada músculo a me lembrar o quão somos nada sem um corpo são.
Cada imagem atormentando o sossego d’alma
Não quero mais ouvir falar em ti.
Quero você longe do meu querer imenso
Não merece tudo o que sinto
Não terá carinhos meus
Quero mesmo poder sumir
Encontrar uma paz qualquer em um colo doce
Desejo tanto
Poder olhar seus olhos
Beijar sua boca dormida embebida em álcool
De onde vem esse algo que a gente não pode entender
Fluxos
Aquilo que me toma inteira e me acomete o ser
Me emburrece sem dó
Me tira a nobreza e deixa em mim esse não ser tão latente
Não te quero mais ocupando os espaços meus
Deixa correr o tempo
Uma flor de amarelo intenso há de nascer sobre o mal que deixaste em mim.